O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou uma mudança na metodologia de cálculo da Taxa Referencial (TR) em sua reunião realizada no dia 28 de maio de 2020. De acordo com o Banco Central, essa alteração tem como objetivo suavizar os valores calculados da TR em relação à Taxa Básica Financeira (TBF). Como consequência, a atualização da TR agora será mais atrativa para ativoss ou passivoss com cláusula de atualização pela TR, permitindo maior precisão no cálculo por meio do aumento do número de casas decimais. O cálculo da TR é feito aplicando-se um redutor sobre o valor da TBF, que é definido com base nas taxas de juros das Letras do Tesouro Nacional (LTNs). Segundo o Banco Central, foram estabelecidos novos intervalos de referência e valores para os parâmetros "a" e "b" definidos na Resolução nº 4.624, de 18 de janeiro de 2018. Além disso, houve um aumento no número de casas decimais desses parâmetros para oito e a referência para seleção dos parâmetros "a" e "b" passa a ser a TBF mensal. Diante disso, é importante salientar que essa mudança não surtirá grandes efeitos para os usuários da taxa, uma vez que a intenção foi a de manter, em valores mínimos, a diferença entre o resultado do TR na nova metodologia e a TR calculada pela metodologia atual.

Quais os principais objetivos da mudança na metodologia de cálculo da TR?

A principal motivação para a mudança na metodologia de cálculo da TR é a suavização dos valores em relação à TBF. Com isso, pretende-se promover uma maior atratividade para contratação de hedge para ativos ou passivos com cláusula de atualização pela TR.

Quais foram as alterações aprovadas pelo CMN?

O CMN aprovou três alterações que entraram em vigor em 1º de julho: o estabelecimento de novos intervalos de referência e valores para os parâmetros "a" e "b", aumento do número de casas decimais desses parâmetros para oito e a utilização da TBF mensal como referência para seleção dos parâmetros "a" e "b" em substituição ao uso da TBF anual.

O que é a Taxa Referencial (TR)?

A Taxa Referencial (TR) é uma taxa de juros criada em 1991 como uma opção à correção monetária anterior, que utilizava o índice da inflação. No entanto, atualmente, ela é utilizada apenas em contratos antigos e na correção monetária do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). De acordo com o Banco Central, a TR é calculada por meio da aplicação de um redutor sobre o valor da TBF, que é definido com base nas taxas de juros das Letras do Tesouro Nacional (LTNs).

Qual a importância dessa mudança para o gerenciamento de riscos dos entes expostos à taxa?

Com a nova metodologia de cálculo da TR, será possível promover uma suavização dos valores calculados em relação aos da TBF, além de permitir uma maior precisão no cálculo por meio do aumento do número de casas decimais. Isso é importante para o gerenciamento de riscos dos entes expostos à taxa, o que incrementará a viabilidade e a atratividade da contratação de proteção (hedge) para ativos ou passivos com cláusula de atualização pela TR.

No geral, a mudança na metodologia de cálculo da TR é uma iniciativa importante para o mercado financeiro e a economia do país. Com essa atualização, a taxa será mais suave e atrativa para investimentos e contratos de longo prazo, o que pode contribuir para a estabilidade econômica do país.

Essa mudança é apenas uma das diversas iniciativas que o Banco Central e outras instituições financeiras têm tomado para aprimorar as melhores práticas em seus processos e contribuir para um mercado financeiro mais seguro e confiável.

Nós esperamos que essa nova metodologia traga vantagens para os usuários da taxa TR, garantindo maior segurança e confiabilidade em seus investimentos ou contratos. E você, o que achou dessa mudança? Compartilhe sua opinião conosco nos comentários!

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Por /Gabriel Shinohara e Jéssica Sa